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Caçador de Indie: Stigmatized Property | 2019 (PC) – Review

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Caçador de Indie Stigmatized Property 2019 (PC) - Review

Resumo:

Stigmatized Property resgata a estética dos anos 90, auge do horror nos jogos digitais, para entregar uma pequena mas assustadora narrativa mergulhada em folclore japonês através de páginas de diário.

Jogabilidade

Stigmatized Property (propriedade estigmatizada) tem aquela jogabilidade estigmatizada (risos) do que chamam de “walking simulators”. Basicamente, a interação com o ambiente é mínima e tudo se resume a andar por aí clicando em coisas.

Se você é fã de jogos adventures e point n clicks antigos como eu. Saberá que não há nada de errado com esse tipo de interatividade no jogo, desde que a história se venda sozinha e, acredite meu amigo, ela se vende.

Enredo

Ainda que curta, considerando o preço reduzido do jogo, acho justo, a pequena narrativa do jogo envolve. Você é uma garota japonesa indo visitar o namorado em seu apartamento.

Porém, ao chegar no local, a garota percebe que o local está abandonado e apenas um diário, com algumas páginas faltando, servirá de pista para descobrir o que aconteceu.

Como muitos outros jogos do tipo, Stigmatized Property usa do dispositivo literário comum no gênero “romance epistolar”, ou seja, reconstruir a narrativa através de pequenas peças. Já comentei em um artigo como Gone Home faz uso desse gênero.

Também tenho duas histórias publicadas, a primeira de horror náutico e a segunda de horror sobrenatural com zumbis no período colonial brasileiro. Ambas se passam através de diários, uma ótima forma de conhecer o gênero.


Gráficos e Estética

Como sempre nesses pequenos jogos indies, o diferencial está sempre na estética.

Mimetizando um estilo artístico dos 16 e 32 bits (entre a era do Mega Drive e Super Nintendo com o Playstation e Sega Saturn) com um toque especial de estática de vídeo semelhante a antigas fitas VHS (que pode ser desabilitado, caso o jogador não goste).

Este e outros jogos do estúdio Chilla’s Art tentam reviver o chamado “low poly” nos jogos de terror. Um revival da estética de quando o survival horror esteve em sua melhor forma.

Folclore japonês e mitologia xintoísta e budista

Um elemento rico em jogos feito por japoneses com esse tipo de narrativa são os temas de maldições, renascimento e espiritualidade contidas de forma discreta em sua narrativa.

Tão discretas que uma maior elaboração minha sobre o tema seria um spoiler. De forma resumida, as estátuas budistas e a interação entre o gato morto e o corvo são fundamentais para uma exploração completa da narrativa do jogo.

Algo aparentemente comum (pelo que o jogo deixa a entender) é que existam propriedades no Japão de baixo valor de aluguel. Unicamente por que se acredita que o local seja amaldiçoado.

Fator Cagaço

Não há por que dar voltar em torno do assunto, a curta experiência de Stigmatized Property irá te dar alguns sustos e deixar você com o famoso “cagaço”. Ideal para mostrar para aquele amigo medroso, pra quem planeja streamar pequenos jogos de terror ou para quem gosta de sentir medo.

Recomendável jogar no escuro, de fones e sozinho em casa.

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