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Muito além de Doom: Clássicos de FPS dos anos 90

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Muito além de Doom: Clássicos de FPS dos anos 90

Antes de Call of Duty havia Black, e antes de Black, havia Doom. Quem viveu a febre inicial dos FPS dos anos 90 (ou os famosos “jogos de tiro”) se lembra com carinho do sucesso que Doom e Wolfenstein 3D. E como eles pavimentaram e definiram por pelo menos uma década, como seriam os primeiros jogos de FPS, abreviação para First Person Shooter (jogos de tiro em primeira pessoa).

Ambos criados pela ID Software com os quase míticos programadores e designers John Romero e John Carmack, os jogos foram pioneiros em gameplay e tecnologia. A história da id Software daria um artigo por si só, e se você é um fanático como eu pela história, recomendo este documentário sobre a empresa, já legendado em português.

https://www.youtube.com/watch?v=UcZLzsFFYHE

Porém além dos clássicos absolutos e outros títulos que eram os grandes nomes do gênero (como Duke Nuken e Quake) há outros diversos jogos de FPS que valem a pena serem lembrados pelas suas particularidades próprias. A parte mais maluca é que fazendo essa lista, percebi que existem versões remasterizadas na Steam de todos os jogos dessa lista, para jogar no seu PC atual. Por isso deixei os links caso queira matar aquela saudade.

Heretic (1994)
Desenvolvedor: Raven Software

Adicionando uma camada de fantasia medieval na violência e dinâmica de um FPS, Heretic dá uma sobrevida a temática clássica de jogos do gênero. Com uma temática sombria de um conto de espada e feitiçaria da era hiboriana, o jogo te absorve num mundo de feiticeiros malignos, encantamentos proibidos e monstros inimagináveis.

Heretic teria uma sucessão espiritual em HeXen que manteria o padrão sombrio e mecânicas básicas do jogo e adicionaria um sistema de classe com um Clérigo, um Guerreiro e um Mago, cada um com habilidades únicas, dando uma nova dinâmica no jogo. Já a sequência Hexen II traria quatro: Paladino, Cruzado, Assassino e Necromante. Sua sequência oficial, Herectic II, mudaria a câmera para terceira pessoa e cairia no desgosto dos fãs.

Link para a Steam:
https://store.steampowered.com/app/2390/Heretic_Shadow_of_the_Serpent_Riders/

Star Wars: Dark Forces (1995)
Desenvolvedor: LucasArts

Esse é um jogo que só fui conhecer durante minhas recomendações diárias de jogos antigos para jogar na quarenta no facebook (que estou repetindo no instagram, me segue lá!) ao ser recomendado por um amigo. Prove que você é melhor de mira que um Stormtrooper nesse jogo de tiro com a temática de Star Wars.

No jogo, você assume o lugar de Kyle Katarn, um mercenário contratado pela Resistência para roubar os planos do Império de construir a estrela da morte, mais tarde influenciando o universo expandido dos livros e o enredo de Rogue One na saga Disney de Star Wars.

Link para a Steam:
https://store.steampowered.com/app/32400/STAR_WARS__Dark_Forces/

Blood (1997)
Desenvolvedores: Monolith Productions, Nightdive Studios

Jogo que aterrorizou minha pobre e jovem mente pré-adolescente nos anos 90. Blood é um FPS clássico cheio de elementos satanistas e de terror gore, era tudo o que as notícias alarmistas sobre jogos de ação na época prometia.

Com um ambiente sombrio digno dos contos lovecraftianos mais macabros sobre cultistas e invocações proibidas, assumimos a pele de Caleb, um pistoleiro do velho oeste que se envolve com o culto do deus esquecido Chernobog (mitologia eslava). Mas é traído e morto pelo culto após a ressurreição do deus. Caleb retorna a vida como um zumbi em busca de vingança.

Link para a Steam:
https://store.steampowered.com/app/1010750/Blood_Fresh_Supply/

Shadow Warrior (1997)
Desenvolvedores: 3D Realms, General Arcade, Westlake Technologies

Criado pela mesma desenvolvedora de Duke Nukem, outro GIGANTE dos FPS clássico dos anos 90, Shadow Warrior mantém o bom humor e a comédia satírica que fez sucesso na série. O protagonista do jogo é Lo Wang, um ninja assassino denominado “Shadow Warrior” jurado a proteger a megacorporação japonesa Zilla Enterprises.

Porém ao descobrir que o maligno líder Zilla havia misturado a tecnologia de sua empresa com magia negra e seres sobrenaturais, Lo Wang se resigna do cargo e agora tem de defender sua vida contra as hordas de monstros de Zilla.

Assim como Duke Nukem, o protagonista tem interações diversas com mulheres no jogo e algumas frases marcantes memoráveis com forte sotaque japonês e erros gramaticais, como: “You no mess with Lo Wang”, ou o clássico: “you want to wash Wang? Or you want to watch Wang wash Wang”.

Link para a Steam:
https://store.steampowered.com/app/225160/Shadow_Warrior_Classic_Redux/

Redneck Rampage (1997)
Desenvolvedores: Gray Matter Interactive, Blizzard Entertainment, Sunstorm Interactive

Uma invasão alienígena sequestrou a sua porca premiada, cabe a você e seu irmão defender sua propriedade no melhor estilo redneck que só um verdadeiro hillbilly do Arkansas realmente pode conseguir.

Em Redneck Rampage, a experiência caipira norte americana é completa. Você pode encher a cara com cerveja ou whisky caseiro para recuperar a sua vida, mas se ficar bebado poderá perder o controle do personagem e acabar até vomitando. 

A outra opção é comer torresmo ou um doce tipicamente americano de marshmallow para recuperar também a vida e ainda dar uma maneirada na bebice. Porém com a chance de soltar peidos involuntários e estragar aquele momento stealth do gameplay.

Link para a Steam:
https://store.steampowered.com/app/565550/Redneck_Rampage/

FPS anos 90, um gênero morto no passado?

Em um mundo dominado por FPS hiperrealistas sobre guerra mundiais. Ou battle royales cartunescos cheios de elementos de construção dominando o gênero. Parece que as memórias de jogos mais simples, violentos e até engraçados ficaram no passado. Mas claro, ainda há alguns exemplos de jogos modernos que mantém acesa a chama do FPS clássico.

Devil Dagger parece simples de início. Uma arena escura com inimigos que dão respawns que parecem infinitos enquanto você tenta sobreviver às suas horas. Mas há um desafio no jogo que o mantém ligado e insistindo em quebrar seus recordes. A falta de trilha sonora dando destaque para os efeitos sonoros dos monstros dão uma ambientação única e sombria ao jogo.

Dusk já faz uma homenagem a Quake outro grande nome do gênero. Também apostando numa ambientação mais sombria, o jogo não se limita a ser uma cópia moderna de Quake. Ou apenas fazer algumas homenagens repetitivas a era clássica dos FPS. Mas também adicionando seu toque próprio de terror e criatividade na estética e mecânicas do gênero.

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